De duas em duas passavam depressa, riscando o escuro da noite, tingidas de vermelho.

Às vezes piscavam ao passar, noutras oportunidades pintavam apenas o vidro emoldurado que trazia paisagens em movimento.

Num piscar de olhos multiplicavam-se em milhares, cada qual em sua forma e cor, anunciando que mais uma vez a cidade não dormiria como diziam os populares.

De certo seriam ofuscadas apenas ao anunciar do dia, que traria consigo os raios de sol.

À tona voltariam apenas sob o respaldo da lua, que mais democrática que o sol, as deixaria brilhar novamente…

*Sobre lanternas, ao observar, de dentro do ônibus, carros cruzando as ruas à noite