alguns olhares desconfiados lhe intrigavam. por mais que não parecesse aos olhos alheios, de certo fora percebido como aquele que, infeliz, lá estava pela rejeição.

não estava. mas gabava-se de, aos olhos delas, o ser.

sentia-se na obrigação de ali estar. a vontade trocada pela sede de palavras, era disseminada junto ao copo postado sobre a bela mesa, contrastante com os adornos não-belos da moça ao lado.

não que quisesse, mas confundia histórias, que se misturavam e margem davam à uma terceira.

o vermelho do cenário distraiu-o por um breve momento e antes mesmo que o olhar pudesse seguir o pensamento, direcionou os olhos aos dedos anelares tingidos de nervosismo e escassas unhas mal pintadas.

_não tem aliança, pensou.

_e você não tem coragem, ouviu de sua consciência.

levantou-se, pagou a conta e saiu, entre risadas e olhares desconfiados