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o amor (tudo aquilo entre o gostar e a paixão) pode ser comparado a um precipício.
você pula.
a sensação é a de que está voando, mas na verdade você está caindo…
pular ou não?!
eu sempre pulo!!
vôo, vôo, vôo e caio!
daí, demora um bucadin, mas pulo de novo.
ô sina, ô carma.
e assim eu sigo: pulando, voando, caindo… vivendo!
** o engano é comparar o tal do amor com a tal da morte. ele morre, mas nasce de novo. morte é só uma.
o meu morreu, mas jajá eu pulo outra vez. espero que na próxima o vôo dure um pouco mais e eu chegue a algum lugar…
…me pediram a continuação do MAP… engraçado né?! ele sempre esteve ali, entre nós. é o responsável por inúmeros momentos de felicidade e tristeza. nasceu conosco e é uma das poucas certezas da vida. a continuação é retratada a cada dia vivido, cada lágrima derramada e a cada sorriso compartilhado. anteriormente havia perguntado se você já o havia encontrado. pode ser que não, mas me equivoquei na pergunta. encontrar, nós o encontramos todos os dias, à todo momento. a adequação na pergunta é a diferença do verbo. o MAP não se encontra. se percebe. e não diga que não é verdade. aprendi a percebê-lo nas flores que enfeitam as ruas; nos pássaros que decoram as árvores; na verdade dita pela criança; na história contada pelos avós; no heroísmo depositado no pai; no arrepio sentido na pele…
assim se percebe o MAP.
no abraço dado ao amigo; na palavra dita com sinceridade; na água que banha a muda e no alimento que satisfaz o faminto.
o MAP não se limita a coisas boas. naquilo que julgamos ruim, ele também figura.
o aperto do peito na despedida; a lágrima perante a decepção; a vontade em meio à carência; a mentira dos que são confiados e as lágrimas dos que são falsos; o sorriso que diz com os olhos e nas pessoas que abrigam tudo isso. a diferença é que não entendem que tudo é culpa dele. do choro de felicidade ao riso de raiva; da mentira que conforta à verdade que dói; da dor que machuca ao prazer que vicia.
assim se percebe o MAP.
ele não é como as belas palavras escritas ou como a complexidade de certas metáforas. já foi tudo entre o “se” e o “?”, mas hoje é tudo aquilo entre o “me” e o “!”.
simples assim.
perceba!
…como um alimento, mataria a fome de milhares; se fosse uma bebida, a sede jamais seria um problema; se fosse um objeto, serviria para tudo e para todos; se fossem dois olhos, através do brilho, veria tudo o que se quer ver; se fosse como o dinheiro, não compraria felicidade, mas mandaria buscá-la, como dizem os populares; se fosse uma música, seria como a voz dos anjos e a melodia dos céus; se fosse um abraço, seria a força dos braços em dizer com o gesto.
assim é o MAP.
se fosse uma pessoa, apenas ela bastaria em todo o mundo; se fosse um sorriso, seria como o de uma criança. mais verdadeiro impossível; se fosse uma lágrima, seria de um filho para com sua mãe; se fosse um exemplo, seria o de um pai para um filho; se fosse um vício, seria como a bebida a um alcóolatra, a droga a um drogado ou como as palavras a um mentiroso…
assim é o MAP.
se fosse um gol, seria o do título; se fosse um grito, seria o de apoio; se fosse uma crítica, seria a de um Amigo; se fosse uma dor, seria a do parto; se fosse angelical, seria como uma mulher a dormir; se fosse como a fé, seria a de um ateu à mentira dos outros; se fosse uma briga, seria em pró dos fracos; se fosse um amor, seria eterno. ou pelo menos assim o deveria ser…
provavelmente você já encontrou o MAP. já sorriu com ele, mas também já chorou. o MAP não é escolhido por você. é ele quem te escolhe em meio àquele deserto de almas chamado mundo. o problema é você encontrá-lo sem ser escolhido. é você encontrá-lo sem ser reconhecido.
o MAP não é uma palavra, nem um som, nem um gesto, nem mesmo é invisível. talvez ele possa ser um beijo, um aperto de mão, um abraço, um olhar ou quem sabe um pensamento.
ora ele parte de nós para os outros e outrora é dos outros que recebemos. não é amor, não é complacência, não é sentimento. é puro, é real, é enorme, é pequeno. está na cabeça, no peito, nas mãos… impulsiona os fracos e guia os fortes; oprime a arrogância e aflora a bondade.
ele pode estar na sua casa, na rua em que você mora ou na escola onde você estuda… não importa. importará quando reconhecido você for. confesso que meu MAP, já o encontrei e de certo fui reconhecido, mas não acreditado. o MAP pode ser injusto aos nossos olhos, mas é a tal da teimosia em não ouvirmos nosso coração.
jamais disse que seria fácil ou possível, mas entender o MAP não depende de nós, muito menos dos outros. e é aí que entra o equilíbrio, o “ceder”, o compartilhar e o conviver. características essenciais e que devem ser primeiro entendidas para então nos preocuparmos com o MAP.
o MAP pode ser um nome, uma sigla, um conceito, um olhar, uma dúvida ou até mesmo uma resposta. na verdade é tudo entre o “se” e o “?”.
já encontrou o seu?